quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Simples e complicada rede...


Geralmente...
quem critica não usa...
as redes de relacionamento...
o principal ponto de crítica é a "falta de controle"...
mas encaro esse...como o principal ponto positivo!
por vários motivos...como:
*Se fosse controlada...seria invasão de privacidade...a realidade virtual não passa de um outro lado de nossa vida...isso seria estar a poucos passos do monitoramento (oficial) de nossas vidas todo o tempo...
*Justamente essa anarquia que faz essa evolução...
livre de controles...cada vez mais caem preconceitos...entre outros...enquanto recuamos um passo ( como por exemplo a pedofilia que se espalhou)...avançamos cinco ou seis passos a frente...quanto a tudo!

Sem dúvidas ainda temos casos( e muitos casos) em que outros meios de comunicação afetam...quase estupram...tiram o proveito que querem...mas afetam somente a "baixa rede"...
fazendo as pessoas de fantoches (só porque as pessoas se julgam inteligentes e conscientes suficiente...mas não passam de fantoches sem ocupação real)...tendendo essas pessoas a sofrerem...chorarem....criarem comunidades de "luto a"...etc...
o triste é que a grande parte desses fantoches são adolescentes...justamente os que deviam ser conscientes...e deveriam querer mudar o meio em que vivem...
mas...deixando um pouco de lado a paranóia...
viva a anarquia da Rede!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

No chance! No choice!


0800 619 619






este é O TELEFONE...
num domingo fim de noite...passando os canais...sem nada pra ver(pra variar)...
paro na "Tv senado"(sim eu ajudei a completar 2 pontos de audiência naquele dia)...
e faço a descoberta de 2009!!!
existe um n° de telefone(aquele) onde é feito uma espécie de "ranking de programação televisiva"...
você está achando um programa inútil?!
monótono...abusivo...
e principalmente...
que ofende nossa inteligência...
eu prefiro encarar como um "disk denúncia"...

quem sabe não tiramos esse tártaro global?!

Viva a morte do meu...

antes de começar...
por favor...um minuto de silêncio pela morte da língua portuguesa!
...
...
...
um minuto é pouco pra pensar em como defecaram na nossa tão difícil e querida língua...
em todos os sentidos possíveis!
está bem que temos quatro anos para aprender...mas ficou até feio escrever...
só para dar UM exemplo... "metro" e "metrô"...agora simplesmente são:
"metro"...la se foram (a maioria d)os acentos diferenciais pra cucuia...

mas pensando bem...o pior...sabe o que isso vai mudar em nossas vidas?
nada...
quem se importa em falar certo?
qualquer um que consiga um emprego que pague mais de mil reais...
começa a falar "gerundismo"...
que nojo!

ah...mas agora eu já posso falar:
"Na minha época o português era melhor!"
e...?
ainda sem mudar minhas palavras...
o tempo que as pessoas perdem dizendo isso...
ou pior...
aquelas frases que são sempre usadas em situações que
as Carolinhas se ofendem com a "falta de moral de alguma situação":
"onde esse mundo vai parar?!"

por essas e outras...sigo minha jornada rumo ao descaso com a mente...
ignorância...ou vai ver...não é bem isso...
pode ser simplesmente à inocência...
porque nela não há o bem...
e justamente por isso...
também está livre do mal...

A Exceção

eu sempre critico muito o que a grande maioria transforma o blog...
divulgando letras de músicas...
não que seja "faça o que eu digo , mas não faça o que eu faço"...
mas tem uma que gostaria de compartilhar...
da pessoa que considero o melhor artista brasileiro...
completo...
instrumentista...
ator...
cantor...
compositor...
Antônio Nóbrega...
um Pernambucano¹ DO BALACOBACO!

"Viagem Maravilhosa"
Nosso brasil,
Acompanhe a minha idéia,
Foi Atlântida e pangéia,
Um sertão que já foi mar.
Já foi rodínia,
Foi panótia e gonduana,
Era belo e bacana
Antes de Cabral chegar.

Também foi ilha
Do brasil, de são brandão,
Vera cruz, nome cristão
Trazido do além-mar.
Foi pindorama,
Foi terra de santa cruz,
Papagalis, meu jesus,
Depois de Cabral chegar.

Este país
Te tesouros, tem arcanos,
Tem mais de trinta mil anos
De histórias pra contar.
São trinta mil
Em que o índio te vez,
Quinhentos que o português
E o negro chegaram cá.

Aí, um dia,
Eu sentado na cadeira,
Um estalo-de vieira
Clareou a minha mente.
Eu percebi
Que tinha de procurar
Descobrir e encarar
Minha terra e minha gente.

E sem demora
Minha burra eu selei,
Pus um cabresto e montei,
Pus espelho e um radar.
Pus uma bússola,
Astrolábio e luneta,
Diário, mapa e caneta,
E falei: ´vou viajar´.

E mesmo antes
Do sol, do cantar do galo,
Do sino bater badalo,
Eu saí pelo caminho...
Os cascos dela
Velozes matraqueavam,
Pareciam que estavam
Tocando ´brasileirinho´.

Cavalgar, cavalgar
Eu cavalguei.
No país dos brasileiros
Conheci o mundo inteiro
E por ele eu passeei.

No meu galope,
Mais ligeiro que um corisco,
Eu cruzei o são francisco,
Mergulhei no iguaçu.
Fui despertar
No sol da zona da mata,
Vestido de ouro e prata,
Dançando maracatu.

Passei por todas
As ladeiras de Olinda,
E muita morena linda
Ainda se lembra de mim...
Cantei seresta,
Tirei verso na ciranda,
Toquei tuba em uma banda,
Na outra toquei flautim.

No meu caminho
Enchi o brasil de pernas,
Até chegar nas cavernas
Da gruta de maquiné.
Voltei de lá
Com um papiro na mão,
Trazendo a decifração
Dos segredos de sumé.

Eu vi xamãs
Dominando tempestades,
Cavando sete cidades,
Separando marajó...
Vi o profeta
Puxando com sua cruz
Cada órfão de jesus
Que cruzou cocorobó.

Cavalgar, cavalgar
Eu cavalguei.
No país dos brasileiros
Conheci o mundo inteiro
E por ele eu passeei.

Fiz um almoço
Lá no ´buraco da jia´,
Começou ao meio-dia
Terminou pela manhã:
Cuscuz com fava,
Bode assado, dobradinha,
Macaxeira com farinha,
Codorniz e ribaçã.

Bolo de milho,
Marisco no vinagrete,
Feijoada com croquete,
Quitute e baião-de-dois.
Comi de tudo
Sem pressa, sem me cansar,
Só para me preparar
Para o que vinha depois...

Arroz-de-polvo,
Risoto de camarão,
Maionese e macarrão,
Salpicão, frutos do mar,
Feijão-macaça,
Galinha de cabidela
E um bife de panela
Bem leve, pra descansar.

Um ensopado
De carne com batatinha
Feijão-verde e farofinha,
Sanduíche de peru.
Pra terminar
Um conhaque, um cafezinho,
Mais um cálice de vinho
E três de pitu.

Cavalgar, cavalgar
Eu cavalguei.
No país dos brasileiros
Conheci o mundo inteiro
E por ele eu passeei.

Porém um dia
Eu cruzei em meu caminho
Com um cavalo-marinho
Que era gêmeo com o meu.
Puxei a rédea
Fiquei olhando pra ele,
Ele achou que eu era ele,
Eu achei que ele era eu.

Nesse momento
Mais um galope se ouviu,
Outro cavalo surgiu
Passando perto da gente.
Uma figura
Semelhante e parecida,
Mas como tudo na vida
Tinha algo diferente.

E mais dois outros
Chegaram no mesmo instante,
E logo mais adiante
Outro ainda apareceu.
Eu que pensava
Que era único no mundo
Encontrei num só segundo
Muitos outros como eu.

Saí puxando
A cavalhada marinha,
Parecia idéia minha,
Parecia carnaval.
Fomos dançando
Na ponte do arco-íris,
E quando eu rodei o pires
Apurei quase um real.

Eu virei noite
Galopando esse país,
De metrópoles febris
E esquecida imensidão.
Vi a coragem
De quem enfrentou a morte,
Vi um vento lá do norte,
Vi a vela em minha mão.

Vi uma luz
Branca, azul, aparecida,
E uma mulher parecida
Com aquela lá do céu.
Vi tantas luzes
Que lembrá-las é revê-las,
Tantas luas e estrelas
Entre as rendas do seu véu.

E da mão dela
Uma luz se projetava,
E essa luz me apontava
Uma tróia no sertão.
Uma muralha
Dentro dela uma cidade,
Fora dela a crueldade,
A morte e a escravidão

Era o quilombo
Lá na serra dos palmares,
Erguendo alto nos ares
A bandeira de zumbi.
Saltei da burra,
Devagar fui caminhando,
Me cheguei, fui escutando
O que acontecia ali.

¹. o "Pernambucano" com letra maiúscula,
para mostrar o tamanho
orgulho que ele tem de ser de lá...
orgulho que se tivéssemos um pouco de ser brasileiros...
abriríamos a cabeça pra ver a grandiosidade do país que
temos em NOSSAS mãos!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Quem é você?

Ou ainda: o que é você? O que é você, realmente, dos seus primórdios até esse momento? O que você garante que nunca mudou ou jamais mudará na sua essência? Quem, irrefutavelmente, é você?

Mas, ora bolas, que diferença faz? Você acorda todos os dias sendo o mesmo. Faz as mesmas coisas, ou não. Mas o que você faz não altera sua essência. Ou muda? O que você cultiva para si: seu ser ou seu estar? O que você acredita ser?

São só perguntas e você, simplesmente, não pode responder. Não há verdade indubitável sobre o que você é. Não definitivamente. Há apenas o que você gostaria de ser, ou o que acredita ser. Não precisa ser real, basta ser convincente. E, se conseguir, pode cultivar quantas flores quiser ao ser redor: flores que não nasceram com você, mas que você gentilmente incorpora à sua vida.

No fim das contas, não faz mesmo diferença.