terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vadiagem apaixonante

Quando novamente
respirarmos o mesmo ar,
posto-me a lhe perguntar
quando virou cafageste.
Porque não foi de repente.
Mesmo não tendo sobrado uma gota
nada que preste;
mesmo linda, safada e escrota,
talvez por qualidades que em mim reconheço,
ainda tenha meu apreço.


Gustavo Ruzene Ramos

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

De volta ao palco

Já sinto o cheiro de sensualidade
enquanto caminho dançando
preparando minha vaidade
mais uma vez nessa treva
fogo que não é mais brando
à suspiros e sem ar
deixando sem reserva
em cacos ou estilhaço
lento ou devagar
hoje não tento, faço!

sábado, 19 de setembro de 2009

Momentos simples

Não há nada mais sofisticado, sublime, equilibrado, belo, inebriante,
encantador, etiquetado, high society... do balacobaco como os gestos simples.
Como aqueles carinhos sem querer. Naqueles dias que você meio virado,
meio brigado, meio entediado, se esquece e se aconchega na companheira...
E como isso faz falta. A ponto de te acordar no meio da noite, sem ter
em quem entrelaçar as pernas.
Ou como você simplesmente passa, sem esperar, ou até mesmo chega
sem o menor afeto na cabeça e é recebido com um sorriso e uma
voz aveludada.
Ou aquele amigo que mesmo longe, ou simplesmente sem te tocar,
te abraça com as palavras. Até com o simples silêncio.
O pior, fazemos e não nos damos conta:
tente não sorrir agora...
tente não ouvir música hoje...
aliás, nem tente...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mundo velho

Segui a trilha
daquele que se deixa levar
que seguia a dançar
para encontrar a ilha
ilha dos loucos
onde ainda se podia navegar
sem leme
podia dançar
só de chapéu
podia gritar
com a voz que nunca treme

Mas quando chegar
venha me contar

enquanto não
fico com um negro véu
ralentando meu coração


Gustavo Ruzene Ramos

sábado, 29 de agosto de 2009

Omen Ravens Cowards



Kill me
afect me
be awake to see
the monsters
the flood
of the blood
blood of the flower
in rest in the tower

When the fingers
caress the birds
the black cowards
will come to fly
hunting any soul
of the any warrior
with no life
to die

Gustavo Ruzene Ramos

domingo, 23 de agosto de 2009

Sem conciência...por pura maldade.



De volta...
eu danço sobre o caldeirão
uma dança macabra
caldeirão que ferve seu sangue
sangue que ferve no caldeirão

Revolta...
trapaça e maldição
para que nunca se abra
varrendo seu sangue
envenenando seu coração!




Gustavo Ruzene Ramos

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Solidão bem acompanhada

Como é bom se sentir sozinho
num bom aconchego
embebedar em um colo quentinho
sentir junto do ardor do alcool
o calor do carinho
E a hora que quiser
abrir as pernas
para quem vier

Porque no fundo
o que importa
não é o valor da companhia
mas mesmo que a cada dia
seja novamente trocado
é sempre estar acompanhado


Gustavo Ruzene Ramos



ps:meus companheiros que nao me entendam errado...

Renascendo

Depois de inúmeros finais
alguns suicídios e tanta morte
eu volto...para reviver

Essas marcas e sinais
todos largados à própria sorte
sem nada mais que pudessem ler

Revivendo cada marca
removendo as teias de aranha
abrindo feridas
e o sangue ja coagulado
mas em um novo rumo
nova barca
sem manha
mas desde ja embebedado...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Consolos do fracasso

Tentei
Mas não queria
Se quisesse
Faria!
Dentre as coisas que sei
Sei que a gente enlouquece
Mas nunca se esquece
De que no fundo
Eu simplesmente
Tentei


Gustavo Ruzzene Ramos

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ave de fogo

E vai trilhando a ave de fogo
fogo do espírito
espírito do povo

Povo que não voa,
rasteja e cava
esbraveja mas exala
o perfume da brasa
do sol escaldado
mártir sem pecado
que não merece
mas compadece
povo que não tem casa

E vai trilhando junto do fogo
fogo da tocha
esperança do povo

Vivendo em exílio
eterno exílio
busca seu lugar
na selva,
entre onças e concretos
arrastando a família
sabendo...que não tem para onde voltar

Ave ardente do sol de fogo
escalda, queima e embrasa,
renasce o povo

Terra...
Brasa...
Guerra...
Povo...
Sem asa...


Gustavo Ruzene Ramos


Minha primeira letra de música. Começou com a idéia de uma poesia,
mas eu fiz a besteira de cantá-la...

sábado, 9 de maio de 2009

Momento Pequenos poemas

Sobrevivência

É a vida
que escolhi pra mim:
rasgada,
ensanguentada,
furada
e partida...
Mas vivendo
(essa vida) vou percebendo...
como sobreviver é ruim.

Gustavo Ruzene Ramos



Como se a culpa fosse minha

Se eu te amasse mais
se me fizesse tão bem
se eu conseguir só de você gostar
se eu tivesse força para largar meus pais
se você acreditasse também
se você me encarasse
frente à frente
face à face
eu jamais diria SE

Sara Ruzene Ramos




Quanto a pedra do meio do caminho

Então sem pensar
atirei a pedra para o ar
bem la para frente
porque agora
so quero descansar
não deixar nada para de repente
simplesmente porque as vezes
so nos resta 'fazer hora'


Gustavo Ruzene Ramos

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Revelando a outra face

Esses dias...parei para reler todos meus poemas...
então percebi que variavam em dois vértices...
sensualidade e subjetivismo...
e para separar tudo isso...resolvi criar um pseudônimo...
Isto é um pouquinho de "Sara Ruzzene Ramos":
*mulher
*eternos 19 anos
*desprendida
*boemia
*vaidosa
*fogosa

o resto...com o tempo vocês descobrem...

"O repente do lobisomem

não tem bicho mais egoísta
dentre seus defeitos
é fácil fazer uma enorme lista
perdidos nos eleitos

tão simples entender uma mulher
não imagino como se convencer
de que fazendo (ALGUMA VEZ) o que ela quer
alguma vai te querer

Enquanto a gente bebe e pira
por varias horas a esmo,
por fim não compensa, acaba dando no mesmo,
porque o que sobra de homem,
vira...
vira vira lobisomem
vira vira...

Sara Ruzzene Ramos"

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Auto-limites

É incrível como
quando
onde
e porquê
se fecha num domo
e fechando
esconde
o que é você...


Gustavo Ruzzene Ramos

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ceninha platonesca

Quanto drama você fez
ainda que eu te disse
que seria só uma vez
talvez se comigo você dormisse
mas com: castidade
arrogância e uma certa rispidez
me despertaram
uma vontade de fazer só por maldade
deixando a consciência e sensatez

Por fim, te depedram

Agora,
eu que nunca estive dentro,
mas somente olhando por fora,
me deleito
sem medo nem pudor
vendo o fim de seu amor
repousando com o crucifixo no peito.

Está aí, um lugar que nunca entro...

Gustavo Ruzzene Ramos

domingo, 5 de abril de 2009

Veredas da loucura

Era só mais uma noite
um tanto boemia, baixa.
Quando te vi,
um estalo,
o cabelo,
a faixa,
o cheiro,
me acertando como um açoite.
Eu sei que não devia, mas senti.
Esquentava cada parte,
a cada olhar sedutor seu,
nem a poesia, música ou arte,
conseguiam separar o que era meu
do desejo seu.

Não é só pelo vinho, ou lua.
Mas aquele cruzar de pernas,
olhar de guerreira,
aquela lábia sua,
me enfeitiçavam.
Eu não via nem sujeira.
Não ouvia nem mais uma nota,
apenas te imaginava, quase sentia,
você nua.
Quando percebi,já estávamos na rua...


Gustavro Ruzzene Ramos
(ps: vou editar assim que passar a bebedeira)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Hora de esticar as pernas



Finalmente a hora de levantar
esticar as pernas,
puxar bastante ar,
e correr para encontrar:
florestas, mares e cavernas.
Não é justo deixá-los a me esperar!

Espreitar cada canto,
participar de cada festa,
cortejo,
pranto.
Não terei outra viagem como esta,
cantando como hippie,
vivendo como sertanejo.

Batraquiar meus pés,
rapidinho rumo ao norte,
alcançando a sorte,
fugindo do revés.
À passos ritimados,
bem juntinho a voz, afinados.
Bem acompanhado, protegido por um guerreiro.
Mas confesso que preferia a companhia do povo brasileiro...


Gustavo Ruzzene Ramos

quarta-feira, 25 de março de 2009

À sombra da primavera




Foi passando que vi,
o demônio tocando banjo
e fazendo graça,brincando com o anjo,
que começou a dançar ali.

E as rosas
entrelaçando os apaixonados,
chegavam a ser venenosas.
Deixavam os pobres corações atordoados

Enquanto aquela dança
envolvente,
atraente,
deixava cada um sorridente
até cair na matança.
Onde seus demônios voavam
com as fadas, simplesmente flertavam.

Por toda uma era,
cada flor contada.
No fim não era nada,
nada além de uma festa da primavera.


Gustavo Ruzzene Ramos

quarta-feira, 11 de março de 2009

Pode ser...

Pode ser que quando eu te conheça
não seja como meu sonho...
Pode ser que você pareça
com mais uma flor no jardim...
Como pode ser toda expectativa que ponho
te faça única, especial para mim...
Pode ser que seja como o mar,
hora turbulenta, hora calmaria...
Pode ser que seja como uma chama a queimar,
ardente até o fim...
Mas certo será minha alegria,
certa de te amar,
querendo te apertar contra meu peito,
tendo só pra mim.


Gustavo Ruzzene Ramos

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mais bonito que sonho

Pois eu também tive um sonho!
E ele não fala de igualdade,
mas também não falava de diferença.
Aliás, nem falava de verdade.
Não era sobre liberdade,
muito menos sobre alguma crença.
Ele era simples, ia e vinha
como o mar.
E só quando arranquei a erva daninha
foi que pude respirar.

E foi nessa hora,
que senti o ar entrando
em meus pulmões, e indo embora.
E mesmo com o tempo passando,
e as pragas, fantasmas, feridas ou medos,
simplesmente fugiam,
e mesmo que eu tentasse segurar,
escapavam pelos vãos dos meus dedos.

Era tão certo, nada confuso,
eu me controlava,
cantava e dançava,
rodava, girava como um parafuso!
E tudo continuava,
cada par em seu ciclo,
vinda e ida.
E só então que percebi que não sonhava,
apenas aproveitava a vida.


Gustavo Ruzzene Ramos

quinta-feira, 5 de março de 2009

Atravessando as pernas




Hummm, esse vai e vem
esse feitiço que só a gente tem.
Entrelaçando cada movimento,
dançando horizontalmente como vento.
Variando entre tango e valsa,
você simplesmente me calça.
As vezes, no meio do sobe e desce,
puxa e estremece,
escapa aquela expressão,
de canto de boca, que mostra o dente,
uma certa tensão
latente,
que aparece como um trovão
mais alguns vem e outros vão...
E continuamos os dois...hora a hora...
Noite a fora...

Gustavo Ruzzene Ramos

Agradecimentos



Bom, é um post de agradecimento e retribuição,
selos: "Roxie" e "Esse blog me faz sorrir"

REGRAS:
1) Exibir a imagem do selo "Seu blog é ROXIE!" e escrever essas regras abaixo dele.
2) Colocar quem te deu o selo nos seus blogs indicados (amigos).
3) Escrever 5 coisas que são ROXIE (1ª sobre música, 2ª sobre televisão e cinema, 3ª três países que gostaria de conhecer, 4ª três cores favoritas e 5ª três hobbies)
4) Indicar 10 blogs que você ache ROXIE.
5) Avise a pessoa

RESPOSTAS:
Música pra ser Roxie tem que ser afinada e harmonizada, como a minha!(nada metido...pokaopkaopkaokp).
Televisão não posso opinar, mas cinema eu ate conheço alguma coisa, eu gosto de Russell Crowe(Uma mente brilhante).
Brasil(inteiro!), Austrália e Rússia.
Verde, marrom e roxo(cores velhas).
Meu blog, escrever acho que é um hobbie, música(violino minha profissão) mas cantar,
aaah, estou me aventurando como programador de jogos.

os blogs:
http://bloggertopsecret.blogspot.com
http://semsermais.blogspot.com
http://proudbrasil.blogspot.com
http://paginasdocaderno.blogspot.com
http://www.kafkanomundodevangogh.blogspot.com
http://delicatus.blogspot.com
http://contoatomico.blogspot.com
http://cantodoescritor.blogspot.com


difícil, hein?!
depois eu indico mais.


Agora o outro:
1. Ao receber o selo, listar 7 coisas que te fazem sorrir
2. Indicar o selo a 7 blogs que fazem você sorrir
3. Informar aos blogs indicados que eles receberam o selo.

coisas que me fazem sorrir:
-olhar minha esposa dormindo
-tocar violino
-sentir o cheiro do cachimbo do Prof. George
-ouvir uma boa música
-sexo
-acender um incenso
-e última, mas não menos importante: pensar em minha filha Luiza

os blogs já estão indicados acima...
obrigado gente.

que passada é essa?!

Minhas pernas vão sozinhas.
Essa dança, esse começo,
variações que não são minhas.
Agora sei, eu reconheço,
somente reflexos de seus olhos
tão simples de conquistar.
Mas eu a procurar
as chaves em molhos,
demorei a entender que um simples sorriso
abriria as portas para essa nossa dança.
Nessa passada, uma estonteante alegria
não aterrizo.
Continuo sem guardar lembrança
para sentir mais uma vez, euforia
de acordar a seu lado, mais um dia.

Eu te amo Lya.

Gustavo Ruzzene Ramos

segunda-feira, 2 de março de 2009

Suspiros e Bolholetas

Essa água já sem movimento
cada bolha que se vai,
um sentimento,
um sentimento que sai.

Bolhas que não sobem, mas voam
trêmulas, sem rumo.
Ainda quase perdendo o prumo,
me atenho aos sons que elas mesmas entoam.

Sem fôlego, essa minha última bolha
reflete tudo que fui, que continuarei sendo.
Mesmo que não podendo
continuar aqui,
me consola saber que vivi.
E finalmente, minha alma é trancada,
com uma simples rolha...
bolha...
bolha...
bolha...

Gustavo Ruzzene Ramos

domingo, 1 de março de 2009

A última árvore




Virão pessoas de todos os lugares,
cada canto.
E ao ver os perfumes, os ares,
trarão lembranças, que se tornarão pranto,
lamúria de um tempo que não volta.
Inútil será qualquer revolta.

Será impagável obra de arte,
mas irá perecer.
Como tudo, secará, irá perder o cheiro!
E a última consciência, resto, parte,
irá perceber,
que não se come dinheiro!

É o que restará de nosso chão.
terra batida,pedra ou mármore.
Sem outro lugar pra ir,
todos se chegarão,
para que possam ver, e sorrir.
reconhecer a última árvore!

Gustavo Ruzzene Ramos

Liberdade íntima



Ando me preocupando
tanto quanto uma criança,
que enquanto andando,
brinca com a mão,
acena, balança.
E não me sinto incompleto.
E rio, rio quando vejo essa sensação
em você, mesmo com mais idade,
inseguro, repleto
de tantos medos!
enquanto isso, ainda como criança , caminho
toda a preocupação
em Ser,
no Estar, larguei mão.
Ainda de medos envolto?!
Pois eu continuo livre,
livre, leve e solto...

Gustavo Ruzzene Ramos

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

À pé, à bala , até



Ferve a roupa de couro,
todo calejado,
o velho mouro
caminha, escaldante sol.
Suor e sangue em seu cajado,
cada passo lembra um estouro,
um balaço,
cada pedaço de sua vida,
um último traço

Uma sombra,
talvez a última do sertão
o vento, o guizo da cobra,
e sua respiração;
todos silenciados de uma só vez.
Quando acaba um, vem mais três.
E que de ruim tem só a sorte,
sorte de povo injustiçado
e esquecido, povo do norte.
lugar que o sol, atiçado
queima, ferve e faz
guerra constante, num povo de sangue de paz!

Gustavo Ruzzene Ramos

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O conto mais contado

Conta,
era uma lenda
bem debaixo de uma tenda
ainda tonta,
em meio uma tormenta
se tornaram amantes.
Jovens , apaixonados, infantes.

Gustavo Ruzzene Ramos

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Era um banco em frente ao lago



Naquele dia marcado
sempre aquela festa,
hoje está sépia,
como uma terra
depois de um arado
jamais será esta
nem sequer uma réstia
de nosso tempo.
Tempo que muitos passaram por cima,
tempo que jamais acharemos rima.

Gustavo Ruzzene Ramos

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não esqueça jamais

Medo algum é capaz
de agulhar meu coração,
agora não,
é cada sensação que você me faz
como se desde sempre participasse
de toda minha vida.

Cada nota que te forma
dia após dia
angústia, agonia...euforia,
minha vida simplesmente se torna
ainda na tranquilidade do cais,
na minha vida, eu te amo mais

Nem sei mais o que esperar
seja como for
só sei que vou te amar

Gustavo Ruzzene Ramos
(em homenagem a minha filha que está para chegar)

Sempre tentar

Sempre tentar

Em nossa vida tentamos sempre melhorar em tudo aquilo que fazemos
Tentamos aceitar e desta forma sermos aceitos
Tentamos evoluir, mesmo com todos nossos defeitos

Fazer o melhor consiste em sempre tentar
Em sempre insistir naquilo que se deseja e lhe dá força
Aquilo que te faz continuar e pelo qual você de pleno coração torça

Fazer o melhor te leva a ser alguém melhor
Alguém que busca na melhoria, o bom convívio
Que procura na sua vida e em seu meio um alívio

O melhor que podemos ser é um fator indefinido
Pois, queremos ser melhores e dos outros isso cobramos
Ora... “Se eu sou melhor, ele deve ser como eu...” nos questionamos.

Ledo engano pensar que se melhoramos, o mundo deve nos acompanhar
Pois se realmente achamos que já somos bons
Não vai ser cobrando isso dos outros que mostraremos nossos devidos dons

Quando algo está melhorando, o mundo lhe parece novo
Tudo o que de melhor foi adquirido deve ser mostrado
Em suas mais variadas formas e maneiras, enfim algo foi conquistado

O melhor que pode ser, é algo inestimável e único
Pois tentando ser melhor é que vemos nossos erros de vez em quando
E que o pior nunca nos abandona, que ele está sempre nos rodeando

O melhor pode ser alcançado de apenas uma forma, tentando!
Ninguém é melhor apenas por achar ou por sentir
O melhor só é obtido, quando já se sabe o quão difícil é o conseguir

Quando se esta tentando ser melhor, você deve ter um plano, uma meta!
Pois ser melhor é difícil, e requer muitos sacrifícios
Para tal, uma inspiração deve-se ter, pois conhecerá novos desafios

Ser o melhor apenas por ser, não tem valor algum
Alguém só é melhor quando compartilha isto com alguém
Acredite que ninguém faz isto pra si próprio. Ninguém!

O melhor sempre é algo de grande valor se com um propósito você prossegue
Pois é este motivo que dá forças pra se seguir adiante
Sempre olhando à sua frente, seguindo firme e confiante

O motivo desta dedicação tenta ser a melhor, pois um propósito ela possui
Mostrar a uma linda e especial garota que, por ela apenas existir,
Melhora cada dia dos meus melhores dias e assim me faz sorrir

O melhor está em todo lugar, basta olhar com calma
O melhor pode ser um beijo carinhoso ou até uma lágrima do coração
Basta olhar direito e, sem dúvida, todos enxergarão

E uma coisa, em sua memória, deve ser sempre mantida:
Seja melhor para quem ama e precisa em sua jornada
Pois para preencher sua eterna caminhada
Você precisará de um coração e uma mão estendida.

Luis Felipe Fornitani Picolo
homenageando sua querida Juliana(que por acaso do destino é minha irmã!)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Enlouquecendo em La Menor!

Uma dor tão terna,
entre o sangue escorre carinho.
Sem poder escutar,
te transforma em uma caverna
vibrando seu peito,te deixa de um jeitinho
que nem se deve falar!

Esses que ao fundo
compõem tantos sentimentos,
que espalhados no mundo
podem por alguns instantes
reunidos, te causam batimentos
repentinos, perto...distantes...
Perdido em tanta dor,
desespero e amor,
te arrebenta como um elástico
sem te deixar uma só reação,
que só te resta um rosto apático!

Piana, piana, piana...
do acento
me agarro a beira.
Não seguro as lágrimas, nem tento!
Inconfundível, Bachiana.
Bachiana Brasileira!

Gustavo Ruzzene Ramos

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


Posso ser menina
mulher e anciã...
Me levo as estrelas
tão alto que posso
Ser todo o céu
a lua
o sol
desnudo o véu...
Sou aquela que brinca nas noites
Com brisas suaves
Bailarina dos astros
assim tiro meu atraso...
Vou me elevar num todo
Agora sou um universo;
que corre em mim
as veias tristes do mundo
escorrendo das estrelas cadentes
Nos meus versos...

Mariana Castro,janeiro-2009


Grande amiga, Grande Bruxa, Grande pessoa...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Coitado pobre


Eu vi!
e foi na tua face
era um demônio
que era meu.
Tive medo que me alcançasse;
todo tempo que vivi
e viverei,
espero que no rosto teu
jamais perceba que fui eu!

Gustavo Ruzzene Ramos

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ponha as cartas, Alice!




Abra essas pernas, Alice!
você é aquela menininha dos contos de fadas?!
de santa,
tonta,
só faz-se
por trás das almofadas...
diga-me que não apronta!?

Até quando vai usar esse crucifixo no decote!?
cheguei a achar que fosse brincadeira.
Mas quando descruza a perna...
invade o cheiro de menstruação.
E pela beira
aposto que dá o seu pinote!

Eu sei...
Eu sei mas não contarei!
Pelo simples prazer de encontrar-te
na rua...
sorrir pelo canto da boca...
lembrar de você nua...
e sussurrar...com uma voz ladrada...
Safada!

Gustavo Ruzzene Ramos

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Simples e complicada rede...


Geralmente...
quem critica não usa...
as redes de relacionamento...
o principal ponto de crítica é a "falta de controle"...
mas encaro esse...como o principal ponto positivo!
por vários motivos...como:
*Se fosse controlada...seria invasão de privacidade...a realidade virtual não passa de um outro lado de nossa vida...isso seria estar a poucos passos do monitoramento (oficial) de nossas vidas todo o tempo...
*Justamente essa anarquia que faz essa evolução...
livre de controles...cada vez mais caem preconceitos...entre outros...enquanto recuamos um passo ( como por exemplo a pedofilia que se espalhou)...avançamos cinco ou seis passos a frente...quanto a tudo!

Sem dúvidas ainda temos casos( e muitos casos) em que outros meios de comunicação afetam...quase estupram...tiram o proveito que querem...mas afetam somente a "baixa rede"...
fazendo as pessoas de fantoches (só porque as pessoas se julgam inteligentes e conscientes suficiente...mas não passam de fantoches sem ocupação real)...tendendo essas pessoas a sofrerem...chorarem....criarem comunidades de "luto a"...etc...
o triste é que a grande parte desses fantoches são adolescentes...justamente os que deviam ser conscientes...e deveriam querer mudar o meio em que vivem...
mas...deixando um pouco de lado a paranóia...
viva a anarquia da Rede!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

No chance! No choice!


0800 619 619






este é O TELEFONE...
num domingo fim de noite...passando os canais...sem nada pra ver(pra variar)...
paro na "Tv senado"(sim eu ajudei a completar 2 pontos de audiência naquele dia)...
e faço a descoberta de 2009!!!
existe um n° de telefone(aquele) onde é feito uma espécie de "ranking de programação televisiva"...
você está achando um programa inútil?!
monótono...abusivo...
e principalmente...
que ofende nossa inteligência...
eu prefiro encarar como um "disk denúncia"...

quem sabe não tiramos esse tártaro global?!

Viva a morte do meu...

antes de começar...
por favor...um minuto de silêncio pela morte da língua portuguesa!
...
...
...
um minuto é pouco pra pensar em como defecaram na nossa tão difícil e querida língua...
em todos os sentidos possíveis!
está bem que temos quatro anos para aprender...mas ficou até feio escrever...
só para dar UM exemplo... "metro" e "metrô"...agora simplesmente são:
"metro"...la se foram (a maioria d)os acentos diferenciais pra cucuia...

mas pensando bem...o pior...sabe o que isso vai mudar em nossas vidas?
nada...
quem se importa em falar certo?
qualquer um que consiga um emprego que pague mais de mil reais...
começa a falar "gerundismo"...
que nojo!

ah...mas agora eu já posso falar:
"Na minha época o português era melhor!"
e...?
ainda sem mudar minhas palavras...
o tempo que as pessoas perdem dizendo isso...
ou pior...
aquelas frases que são sempre usadas em situações que
as Carolinhas se ofendem com a "falta de moral de alguma situação":
"onde esse mundo vai parar?!"

por essas e outras...sigo minha jornada rumo ao descaso com a mente...
ignorância...ou vai ver...não é bem isso...
pode ser simplesmente à inocência...
porque nela não há o bem...
e justamente por isso...
também está livre do mal...

A Exceção

eu sempre critico muito o que a grande maioria transforma o blog...
divulgando letras de músicas...
não que seja "faça o que eu digo , mas não faça o que eu faço"...
mas tem uma que gostaria de compartilhar...
da pessoa que considero o melhor artista brasileiro...
completo...
instrumentista...
ator...
cantor...
compositor...
Antônio Nóbrega...
um Pernambucano¹ DO BALACOBACO!

"Viagem Maravilhosa"
Nosso brasil,
Acompanhe a minha idéia,
Foi Atlântida e pangéia,
Um sertão que já foi mar.
Já foi rodínia,
Foi panótia e gonduana,
Era belo e bacana
Antes de Cabral chegar.

Também foi ilha
Do brasil, de são brandão,
Vera cruz, nome cristão
Trazido do além-mar.
Foi pindorama,
Foi terra de santa cruz,
Papagalis, meu jesus,
Depois de Cabral chegar.

Este país
Te tesouros, tem arcanos,
Tem mais de trinta mil anos
De histórias pra contar.
São trinta mil
Em que o índio te vez,
Quinhentos que o português
E o negro chegaram cá.

Aí, um dia,
Eu sentado na cadeira,
Um estalo-de vieira
Clareou a minha mente.
Eu percebi
Que tinha de procurar
Descobrir e encarar
Minha terra e minha gente.

E sem demora
Minha burra eu selei,
Pus um cabresto e montei,
Pus espelho e um radar.
Pus uma bússola,
Astrolábio e luneta,
Diário, mapa e caneta,
E falei: ´vou viajar´.

E mesmo antes
Do sol, do cantar do galo,
Do sino bater badalo,
Eu saí pelo caminho...
Os cascos dela
Velozes matraqueavam,
Pareciam que estavam
Tocando ´brasileirinho´.

Cavalgar, cavalgar
Eu cavalguei.
No país dos brasileiros
Conheci o mundo inteiro
E por ele eu passeei.

No meu galope,
Mais ligeiro que um corisco,
Eu cruzei o são francisco,
Mergulhei no iguaçu.
Fui despertar
No sol da zona da mata,
Vestido de ouro e prata,
Dançando maracatu.

Passei por todas
As ladeiras de Olinda,
E muita morena linda
Ainda se lembra de mim...
Cantei seresta,
Tirei verso na ciranda,
Toquei tuba em uma banda,
Na outra toquei flautim.

No meu caminho
Enchi o brasil de pernas,
Até chegar nas cavernas
Da gruta de maquiné.
Voltei de lá
Com um papiro na mão,
Trazendo a decifração
Dos segredos de sumé.

Eu vi xamãs
Dominando tempestades,
Cavando sete cidades,
Separando marajó...
Vi o profeta
Puxando com sua cruz
Cada órfão de jesus
Que cruzou cocorobó.

Cavalgar, cavalgar
Eu cavalguei.
No país dos brasileiros
Conheci o mundo inteiro
E por ele eu passeei.

Fiz um almoço
Lá no ´buraco da jia´,
Começou ao meio-dia
Terminou pela manhã:
Cuscuz com fava,
Bode assado, dobradinha,
Macaxeira com farinha,
Codorniz e ribaçã.

Bolo de milho,
Marisco no vinagrete,
Feijoada com croquete,
Quitute e baião-de-dois.
Comi de tudo
Sem pressa, sem me cansar,
Só para me preparar
Para o que vinha depois...

Arroz-de-polvo,
Risoto de camarão,
Maionese e macarrão,
Salpicão, frutos do mar,
Feijão-macaça,
Galinha de cabidela
E um bife de panela
Bem leve, pra descansar.

Um ensopado
De carne com batatinha
Feijão-verde e farofinha,
Sanduíche de peru.
Pra terminar
Um conhaque, um cafezinho,
Mais um cálice de vinho
E três de pitu.

Cavalgar, cavalgar
Eu cavalguei.
No país dos brasileiros
Conheci o mundo inteiro
E por ele eu passeei.

Porém um dia
Eu cruzei em meu caminho
Com um cavalo-marinho
Que era gêmeo com o meu.
Puxei a rédea
Fiquei olhando pra ele,
Ele achou que eu era ele,
Eu achei que ele era eu.

Nesse momento
Mais um galope se ouviu,
Outro cavalo surgiu
Passando perto da gente.
Uma figura
Semelhante e parecida,
Mas como tudo na vida
Tinha algo diferente.

E mais dois outros
Chegaram no mesmo instante,
E logo mais adiante
Outro ainda apareceu.
Eu que pensava
Que era único no mundo
Encontrei num só segundo
Muitos outros como eu.

Saí puxando
A cavalhada marinha,
Parecia idéia minha,
Parecia carnaval.
Fomos dançando
Na ponte do arco-íris,
E quando eu rodei o pires
Apurei quase um real.

Eu virei noite
Galopando esse país,
De metrópoles febris
E esquecida imensidão.
Vi a coragem
De quem enfrentou a morte,
Vi um vento lá do norte,
Vi a vela em minha mão.

Vi uma luz
Branca, azul, aparecida,
E uma mulher parecida
Com aquela lá do céu.
Vi tantas luzes
Que lembrá-las é revê-las,
Tantas luas e estrelas
Entre as rendas do seu véu.

E da mão dela
Uma luz se projetava,
E essa luz me apontava
Uma tróia no sertão.
Uma muralha
Dentro dela uma cidade,
Fora dela a crueldade,
A morte e a escravidão

Era o quilombo
Lá na serra dos palmares,
Erguendo alto nos ares
A bandeira de zumbi.
Saltei da burra,
Devagar fui caminhando,
Me cheguei, fui escutando
O que acontecia ali.

¹. o "Pernambucano" com letra maiúscula,
para mostrar o tamanho
orgulho que ele tem de ser de lá...
orgulho que se tivéssemos um pouco de ser brasileiros...
abriríamos a cabeça pra ver a grandiosidade do país que
temos em NOSSAS mãos!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Quem é você?

Ou ainda: o que é você? O que é você, realmente, dos seus primórdios até esse momento? O que você garante que nunca mudou ou jamais mudará na sua essência? Quem, irrefutavelmente, é você?

Mas, ora bolas, que diferença faz? Você acorda todos os dias sendo o mesmo. Faz as mesmas coisas, ou não. Mas o que você faz não altera sua essência. Ou muda? O que você cultiva para si: seu ser ou seu estar? O que você acredita ser?

São só perguntas e você, simplesmente, não pode responder. Não há verdade indubitável sobre o que você é. Não definitivamente. Há apenas o que você gostaria de ser, ou o que acredita ser. Não precisa ser real, basta ser convincente. E, se conseguir, pode cultivar quantas flores quiser ao ser redor: flores que não nasceram com você, mas que você gentilmente incorpora à sua vida.

No fim das contas, não faz mesmo diferença.